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Procedimentos de Higienização de Material de Laboratório

A higienização e esterilização de material de laboratório constituem procedimentos imprescindíveis para a manutenção da higiene e segurança destes espaços. Para além disso, só através do cumprimento dos protocolos de limpeza se pode garantir a fiabilidade dos resultados de qualquer estudo, teste ou análise laboratorial.

Apesar de muito do material usado nos laboratórios ser descartável, existem ferramentas e recipientes reutilizáveis, como é o caso do material de vidro. Para assegurar uma higienização adequada entre utilizações devem ser seguidos certos procedimentos, de acordo com o tipo de material a limpar e a utilização a que se destina. 
 

Diferentes formas de Higienização de Material de Laboratório 

1. Limpeza

Quando falamos em métodos de higienização de material de laboratório, o termo “limpeza” está mais relacionado com uma lavagem das superfícies e materiais.

As bancadas e superfícies dos espaços de trabalho devem ser limpas regularmente e após cada utilização, para garantir a sua higiene. Utensílios em vidro e em inox podem ser lavados de forma manual ou automática, com recurso a máquinas específicas, usando água e detergentes próprios.

A limpeza dos materiais de laboratório deve cumprir procedimentos específicos para que se mantenham em boas condições de utilização. Assim, há alguns cuidados a ter na lavagem e higienização do material de vidro de  laboratório:

Uma boa limpeza pode ser suficiente para bancadas, superfícies e certos tipos de material de laboratório. Em situações mais exigentes, como no caso dos laboratórios de microbiologia, esta pode constituir uma primeira etapa de higienização a ser depois complementada com outros métodos.
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Ver mais Escovas de limpeza

 

2. Esterilização 

A esterilização é um método de higienização laboratorial altamente eficaz para eliminar todos os agentes patogénicos (vírus, fungos e bactérias, mesmo em formas esporuladas). Ao esterilizar estamos a desinfetar e a descontaminar materiais e superfícies.

Existem diferentes métodos de esterilização para materiais de laboratório, tanto físicos como químicos:

 

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  Métodos físicos de Esterilização de Material de Laboratório 

  • Esterilização usando calor húmido (através de autoclaves);
  • Esterilização usando calor seco (com recurso a estufa);
  • Esterilização por radiação (recorrendo a raios-X, radiação Gama ou UV).

 

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  Métodos químicos de Esterilização de Material de Laboratório 

  • Esterilização com recurso a Óxido de Etileno (EtO);
  • Esterilização através de Vapor de Peróxido de Hidrogénio (HPV).

De modo a obter os melhores resultados, sempre que os materiais a esterilizar o permitam, é possível combinar métodos de esterilização física e química. 

3. Descontaminação 

A descontaminação, como o próprio nome indica, tem como objetivo a eliminação de eventuais contaminantes. Este processo visa reduzir a carga microbiana em utensílios e superfícies do laboratório, para que possam ser usados com segurança. 

De uma maneira geral, descontaminar combina técnicas de limpeza e de desinfeção. Uma forma eficaz de descontaminação requer que sejam escolhidos os métodos mais apropriados a cada situação e também ao tipo de material a higienizar. 

4. Desinfeção

Os métodos de desinfeção podem agrupar-se em 3 níveis, de acordo com o seu grau de eficácia:

  • Nível baixo: Elimina microrganismos e certos tipos de fungos e vírus, mas não destrói esporos.
  • Nível médio: Elimina microrganismos e a maioria dos fungos e vírus, mas não destrói esporos.
  • Nível elevado: Elimina microrganismos, fungos, vírus e alguns tipos de esporos.

Os métodos de desinfeção usados em laboratório permitem eliminar certos microrganismos, como fungos e bactérias. No entanto, este método não é tão eficaz como a esterilização, uma vez que não consegue erradicar esporos bacterianos nem certos tipos de vírus. 

A utilização de produtos ou soluções desinfetantes é o método mais comum para este tipo de higienização de material de laboratório. 

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Adapte a Higienização e Esterilização de Material de Laboratório a cada situação

Para certos tipos de equipamentos ou superfícies, a limpeza (manual ou automática) é um método de higienização laboratorial suficiente. Cumprindo todos os procedimentos na lavagem e na secagem dos materiais é possível alcançar níveis satisfatórios de segurança.

A descontaminação e a desinfeção são outras formas para manter a higiene do laboratório dentro de parâmetros aceitáveis. Mas, sempre que for exigido um nível mais elevado de higienização e biossegurança, a esterilização é a forma mais eficaz para assegurar a eliminação de todas as formas de vida microbiana. 

Conheça as soluções Maldral para garantir uma limpeza e esterilização laboratorial adequada às suas necessidades.

Soluções de  limpeza e esterilização Maldral

 

 

2021-12-06

Damien Costa

Damien Costa

Diretor Comercial do Grupo Maldral

  • Responsável pelo departamento comercial da Maldral
  • Licenciado em Química, com especialização em Eletroquímica aplicada à Odontologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
  • Mestre em Química Avançada e Industrial com especialização em Fotoquímica
  • Pós-graduado em Informática de Gestão no Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona

Experiência

Com nativa inclinação para as Ciências do explicável e do inexplicável, iniciei o meu percurso de investigador em 2010 na Universidade Coimbra onde estudei e em parceria com a Universidade de Alcalá de Henares e participei em múltiplos estudos nas mais diferentes áreas da Química, sempre de mãos dadas com outros ramos da ciência tais como a Física, Microbiologia, Genética Molecular e das Nanotecnologias numa versão mais futurista do meu ser.

O privilégio de ter frequentado grandes instituições de ensino como a faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, o Instituto Superior Técnico e a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa catapultaram o meu percurso académico para diversas publicações científicas, convite para inúmeras palestras e ainda para escrita de alguns capítulos de livros.

A prática laboratorial é de facto um dos meus fortes, no entanto, todo o conhecimento científico deve ser transmitido e partilhado, por isso, exerci consultadoria técnica para inúmeras empresas farmacêuticas nacionais e internacionais, participando inclusive em candidaturas a iniciativas de Financiamento para a Investigação e Desenvolvimento (I&D).

Na verdade, havia ainda algumas áreas da Química que me despertavam muito interesse e que permaneciam inexploradas. Foi então que tive o enorme privilégio de ser convidado para trabalhar na Maldral, iniciando o meu percurso de especialista na área da cromatografia líquida e da espectrometria de massa. A Maldral é a combinação perfeita para pôr em prática todos os conhecimentos anteriormente adquiridos.

Quando cheguei à Maldral em 2016, comecei como técnico de HPLC e de LC-MS onde fazia assistências técnicas, manutenções preventivas e qualificações de equipamentos em toda linha da cromatografia líquida e detetores acoplados (espectrofotometria UV-Vis e Fluorescência, eletroquímicos, índice de refração e espectrometria de massa) para diversas marcas de renome internacional como a Waters®, a Hitachi® e a Agilent®. Especializei-me paralelamente em espectrometria de massa através do desenvolvimento de técnicas analíticas LC-MS/MS que deram início ao negócio de kits clínicos da Maldral.

Hoje sou responsável pelo departamento comercial da Maldral e desde 2018 que venho aperfeiçoando este meu lado mais social e criativo na empresa, que tanto gosto.


Formação

Tirei a licenciatura em Química na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra onde escolhi o ramo Científico em Química-Física com especialização em Eletroquímica aplicada à Odontologia.

De seguida, apostei num mestrado em Química Avançada e Industrial na mesma Faculdade e especializei-me em Fotoquímica.

Por fim, para explorar o meu lado mais ligado às Tecnologias da Informação decidi fazer uma Pós-Graduação em Informática de Gestão no Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona.

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