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Qual o melhor Método de Esterilização para o seu Laboratório?

Num laboratório, uma falha nos protocolos de limpeza, desinfeção ou esterilização pode ter sérios impactos. A contaminação de espaços, amostras ou materiais pode trazer graves prejuízos, tanto a nível da segurança como da fiabilidade dos resultados de testes e ensaios. 

Este propósito, de eliminar agentes contaminantes, representa um fator crítico em qualquer laboratório. A escolha das técnicas de descontaminação mais apropriadas para cada situação será determinante para alcançar um ambiente seguro, mas também para preservar as condições ótimas a longo prazo dos materiais e equipamentos. 

Esterilização vs. Desinfeção

Apesar de ambos contribuirem para a descontaminação e manutenção da higiene laboratorial, a esterilização e a desinfeção são procedimentos diferentes. 

A esterilização tem como objetivo final a eliminação eficaz de todas as formas de vida microbiana, abrangendo fungos, vírus ou bactérias (mesmo na forma de esporos).  

Já a desinfeção consegue apenas erradicar parte destes agentes patogénicos, excetuando-se os esporos bacterianos e certos tipos de vírus. 

Quando falamos de superfícies, materiais ou áreas com baixo risco de contaminação, a desinfeção pode ser suficiente. No caso de materiais que contactam diretamente com amostras ou que representem um sério risco de contaminação, por exemplo, a esterilização já será essencial.

Em resumo, é de acordo com a quantidade, tipologia e localização dos microrganismos que deve ser escolhida a forma mais adequada de descontaminação. A esterilização é, assim, um método mais eficiente em termos de resultados e pode ser conseguida através de diferentes técnicas.

Formas de Esterilização no Laboratório

A esterilização pode ser feita através de métodos físicos, químicos ou de uma combinação dos dois. A escolha do método mais apropriado vai depender do grau de descontaminação pretendido, bem como das características e do grau de resistência do material a esterilizar. 

Métodos Físicos de Esterilização 

Existem 3 métodos principais para esterilizar fisicamente utensílios e materiais de laboratório. 

1. Esterilização por calor húmido 

As autoclaves são equipamentos que esterilizam com recurso a vapor quente sob pressão, com temperaturas que geralmente ultrapassam os 120oC. Este método é eficaz para a eliminação de esporos e não é tóxico, sendo uma forma de esterilização muito eficiente. 

2. Esterilização por calor seco

Sempre que os materiais a esterilizar sejam sensíveis à corrosão ou não possam ser expostos à humidade, a esterilização através de calor seco é uma alternativa possível. A exposição a temperaturas elevadas durante um período de tempo ajustado é eficaz na eliminação de agentes patogénicos.  

3. Esterilização por radiação

Recorrer à radiação para esterilizar materiais ou amostras é uma solução eficiente mas que pode ser muito dispendiosa. Os raios-X, UV ou Gama são as formas mais usadas de esterilização por radiação. Todas elas são muito prejudiciais à manutenção da integridade do ADN, daí a sua eficácia sobre os microorganismos. 

Durante a utilização de qualquer forma de esterilização por radiação é essencial salvaguardar a segurança de todos os utilizadores do laboratório, uma vez que este método acarreta diversos riscos para a saúde. 

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Métodos Químicos de Esterilização 

  • Esterilização com Óxido de Etileno (EtO)

A exposição ao Óxido de Etileno (EtO) danifica o ADN das células e é assim que este tipo de esterilização consegue eliminar formas de vida microbiana. 

Uma das principais vantagens da aplicação deste método é o facto de poder ser aplicado a temperaturas baixas, abaixo dos 60oC. Assim, é uma boa solução para esterilizar sem problemas qualquer material que seja sensível à exposição a temperaturas elevadas.   

  • Esterilização com Vapor de Peróxido de Hidrogénio (HPV)

Quando o objetivo é a remoção de agentes biológicos contaminantes de equipamentos, bancadas, superfícies ou outros locais difíceis de esterilizar, o Vapor de Peróxido de Hidrogénio é uma boa solução. 

O HPV atua inviabilizando certas estruturas celulares essenciais à vida, levando à eliminação dos microorganismos. A ação combinada da temperatura elevada com as propriedades químicas do Vapor de Peróxido de Hidrogénio tornam esta forma de esterilização muito eficaz.

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Garanta uma esterilização correta no seu laboratório

Apesar da sua finalidade ser, precisamente, uma diminuição dos riscos de contaminação,  a esterilização no laboratório não é uma atividade isenta de perigo. 

Principalmente durante a aplicação dos métodos de esterilização química, ou da esterilização por radiação, todos os profissionais do laboratório devem ter em consideração os riscos envolvidos e proteger-se durante o processo.

Para garantir uma eficácia superior e uma adequação a cada material a descontaminar, as diferentes formas de esterilização de laboratório podem ser utilizadas de forma combinada.  

Conheça as soluções Maldral para garantir a mais completa limpeza e esterilização no seu laboratório.


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2021-10-18

Ana Paula Sequeira

Ana Paula Sequeira

Administradora da Maldral

  • Fundadora da Maldral Scientia
  • Bacharel em Engenharia Química pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
  • Licenciada com especialização em Química Industrial pela mesma instituição
  • Pós-graduada em Gestão de Marketing no Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona

Experiência

Iniciei a minha experiência a nível profissional na Portucel (Unidade Fabril de Mourão) em 1986 como sendo a responsável pela elaboração do Manual de Qualidade, apesar de não se tratar de uma das minhas áreas favoritas.

Depois em 1987 passei a fazer algo que gostava um pouco mais, sendo a responsável pelo Laboratório de Controlo de Qualidade da fábrica da Milupa Portuguesa Ltda. em Benavente.

Após 2 anos neste laboratório decidi mudar e explorar o meu lado mais social e criativo na relação com o cliente e trabalhei como Técnica Comercial de Equipamentos de Laboratório na Labometer Sociedade Técnica de Equipamento de Laboratório Ltda. em Lisboa.

Como gostei muito de exercer esta função, senti que a área comercial e da gestão seriam prediletas para minha carreira profissional. Com carácter nativo empreendedor fui contratada pela Hucoa Erloss Equipamentos Científicos Ltda. em Lisboa como Diretora Comercial e mais tarde também como formadora. Como a gerência da empresa decidiu retirar-se fui convidada para a dirigir esta empresa até 2009.

A partir daí nunca mais saí do ramo da venda de produtos de laboratórios e equipamentos, até que em 2015, fundei juntamente com o meu sócio, a Maldral Scientia, onde decidi aventurar-me pelo desenvolvimento de métodos analíticos por LC-MS/MS e apaixonei-me por esta área da investigação. Saber que poderia dar o meu contributo para conseguir ajudar os hospitais e os laboratórios na deteção precoce de inúmeras doenças metabólicas e cancerígenas foi um dos motivos que me impulsionou a apostar nesta área.


Formação

Tirei um bacharelato em Engenharia Química pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e depois mais tarde a Licenciatura pela mesma instituição onde especializei-me no ramo da Química Industrial.

Agora mais recentemente decidi fazer uma Pós-Graduação em Gestão de Marketing no Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona para conseguir ajudar a empresa a crescer mais.

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