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Guia de seleção das centrífugas e rotores mais apropriados para o seu laboratório

As centrífugas, e os respetivos rotores, são elementos essenciais na maioria dos laboratórios. Estes equipamentos permitem fazer uma separação de componentes de uma amostra de acordo com as suas densidades.

Neste artigo criámos para si um guia com perguntas e respostas para facilitar a escolha das centrífugas e rotores mais adequados para o seu laboratório.

 

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No mercado, existem hoje diversos tipos de centrífugas e rotores. Desde as mini-centrífugas até equipamentos de elevada capacidade, as variáveis a considerar são muitas na altura de escolher. 

Para que possa decidir mais facilmente entre as soluções que melhor se ajustam a cada necessidade, basta seguir o guia que lhe apresentamos abaixo. Pode também consultar o catálogo da Hermle e se tiver interesse em receber cotação para algum modelo, fale connosco!

Guia de perguntas e respostas para escolher as melhores centrífugas e rotores 

  • Qual a velocidade angular (rpm) e a força centrífuga necessárias (g)?

A velocidade de uma centrífuga é medida em RPM (rotações por minuto), que indica a velocidade angular do rotor. É a aplicação que pretende dar à centrífuga que irá determinar o tipo de aparelho mais apropriado. 

Uma vez que é rotor que irá limitar a velocidade da centrífuga, é a sua velocidade que importa ter em atenção

O valor de rpm vai depender do raio e do ângulo do rotor da centrífuga. 

No entanto, os protocolos técnicos costumam fornecer a velocidade em g, que corresponde à força centrífuga relativa (FCR).

Assim, a velocidade de rotação de uma centrífuga será fornecida em rotações por minuto (rpm) e a força exercida durante a centrifugação em RCF (ou força g). 

Deve ter em atenção quais os valores máximos de ambas as velocidades que pretende para a sua aplicação. Para isso tenha em conta que a força centrífuga depende da velocidade angular (rpm) e do raio (r) do rotor.

Para converter a velocidade em força G, basta aplicar a fórmula:

guia-para-escolher-as-melhores-centrifugas-e-rotores-formulas-maldralLembre-se que as centrífugas de laboratório permitem separar os componentes de misturas com certas densidades máximas. 
 O que distingue os 2 tipos de rotores mais comuns [Basculantes vs. Rotor Angular]?

Cada centrífuga é constituída por um rotor, o componente onde se colocam os tubos das amostras a centrifugar. É a sua rotação que permite a centrifugação, por ação da força centrífuga e da aceleração da gravidade. 

Por esta razão, a escolha do rotor certo é determinante para os resultados.

Rotor Angular

  • Num rotor angular, os tubos são mantidos sempre ao mesmo ângulo durante a centrifugação (cerca de  45o). 
  • Estes rotores permitem aplicar velocidades e forças de rotação mais elevadas, o que encurta o tempo de sedimentação das amostras.
  • É conveniente evitar tubos de vidro, devido ao risco de partir.
  • Em consequência do ângulo de centrifugação, os sedimentos depositam-se parcialmente na lateral dos tubos, o que pode dificultar a separação das fases.     

guia-para-escolher-as-melhores-centrifugas-e-rotores-tubo-em-retor-angulo-fixo-maldralImagem ilustrativa do tubo - em rotor de ângulo fixo

Rotor Basculante 

  • Um rotor basculante permite a deslocação dos tubos durante a centrifugação, que atingem uma posição horizontal. 
  • Estes rotores aplicam velocidades e forças de rotação mais reduzidas, pelo que o tempo de sedimentação das amostras é superior.
  • Permite usar mais tubos em cada centrifugação.
  • Os sedimentos ficam depositados no centro da base dos tubos, o que facilita a separação das fases.  

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Imagem ilustrativa do tubo - em um rotor basculante

 

  • Quais as quantidades e dimensões dos tubos a utilizar na centrífuga?

Cada centrífuga possui um limite específico em relação ao número e ao tamanho dos tubos a acomodar em cada utilização. Também o formato dos respetivos encaixes deve acompanhar a forma dos tubos a utilizar na centrífuga.

Como referimos, a escolha de um rotor de tipo basculante possibilita a utilização de uma maior quantidade de tubos em cada centrifugação. Assim, para selecionar a sua centrífuga e o respetivo rotor, deve ter em consideração cada um destes pormenores.     

  • Precisa de um modelo refrigerado para as suas amostras?

Numa centrífuga ventilada (a tipologia mais comum), o próprio funcionamento do aparelho vai fazer aumentar a temperatura das amostras em cada ciclo. 

Desse modo, caso o controlo de temperatura das amostras represente um fator crítico para o tipo de análise pretendida, deve optar por uma centrífuga refrigerada. 

Este tipo de equipamento permite isolar o calor gerado pelos rotores, mesmo nas velocidades de rotação mais elevadas, preservando a temperatura das amostras. Além de isolar o calor gerado pelos rotores, ainda é possível centrifugar a temperaturas mais reduzidas ou negativas que ajudam numa sedimentação mais sólida.

  • Qual o espaço disponível para instalar o equipamento? 

O espaço livre num laboratório tende a ser limitado. Por este motivo, a área disponível (na bancada ou no chão) para a instalação de uma centrífuga deve também ser considerada no momento da escolha do seu equipamento.

Uma centrífuga de grandes dimensões é geralmente desenhada para ser instalada no chão, mas os dispositivos mais compactos podem ficar sobre uma bancada. 

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Se necessita de centrifugar uma grande quantidade de amostras e prefere otimizar o espaço no laboratório, a centrífuga de instalação sobre o piso é a melhor escolha. A sua conformação vertical permite ocupar uma área menor.  

Escolha os melhores equipamentos laboratoriais com a Maldral 

As centrífugas e rotores são elementos básicos em laboratórios dedicados a diversas áreas como a Medicina, a Química ou a Microbiologia. 

Para escolher todo o tipo de equipamento e consumíveis para o seu laboratório fale com os especialistas da Maldral. De acordo com as suas necessidades e exigências, temos as melhores soluções para si em cada situação.

Veja Tubos de Centrífuga

 

 

 

2022-02-22

Luís Coelho

Luís Coelho

Gestor de Serviço da Maldral

  • Responsável pela criação e implementação de um sistema de gestão de qualidade na Maldral
  • Licenciado em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa
  • Pós-graduado em Engenharia de Sistemas em Processos Químicos

Experiência

A minha primeira experiência profissional foi o estágio curricular que fiz em 2003 na Unidade Fabril de Adubos de Alverca onde fiz o “Estudo da Reação de Formação do Nitrato de Cálcio e Projeção de Alterações à Unidade Fabril”, cujo objetivo foi o aumento da produção do referido composto na unidade industrial.

Mais tarde decidi aventurar-me pela área do Marketing e Logística num estágio profissional no Banco BPI, SA em que trabalhei na Direção da Banca de Protocolos. Durante o Euro 2004 nesta mesma empresa tratei do controlo e da gestão de bilhetes para o Europeu de Futebol, através de bases de dados de clientes do banco e outros parceiros de negócios, a quem os mesmos eram destinados.

Em 2005, iniciei o meu percurso dentro do ramo em que me formei quando comecei a trabalhar na empresa Via Athena Gestão de Laboratórios, Lda com a função de Técnico Comercial, em que coordenei uma equipa de vendedores e acompanhei os clientes ganhando experiência no aconselhamento das melhores soluções técnicas tendo em conta as necessidades de cada cliente. Na Via Athena também exerci funções de responsável pela Gestão da Qualidade, pelos Recursos Humanos e pela Formação Interna.

A partir de 2016, passei a trabalhar na empresa Maldral Scientia S.A. onde desempenho as funções de coordenação da equipa técnica e suporte pós-venda dos equipamentos, com especial foco em sistemas de Cromatografia Líquida e Espectrometria de Massa e também funções como responsável pelos Recursos Humanos, pelas Infraestruturas e pela Formação Interna.

Atualmente, dado o processo de certificação da empresa pelas ISO 9001 e 13485 e devido à minha apetência pela organização e rigor tenho trabalhado juntamente com a equipa na criação e implementação de um sistema de gestão de qualidade.


Formação

Completei a licenciatura em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, e depois decidi aprender mais sobre Engenharia de Sistemas em Processos Químicos através de uma Pós-Graduação na mesma instituição.

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