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Como selecionar o Material Volumétrico mais adequado?

Balões, pipetas e provetas fazem parte da enorme variedade de instrumentos volumétricos de laboratório. Estes servem para medir e/ou transferir líquidos e têm graduações semelhantes.

Então se todos têm características idênticas e cumprem o mesmo propósito, qual a diferença entre os vários materiais volumétricos? 

Existem diferenças entre uma medição ultra-correta e uma medição que aceita uma ligeira margem de erro. 

A escolha do instrumento adequado vai depender sempre da aplicação em causa e do grau de exatidão que pretende em cada medição. 

No final deste artigo saberá como selecionar o material mais adequado à sua aplicação. 

 

Porquê usar Material Volumétrico para fazer Medições?

No laboratório é necessário efetuar medições de volumes e existem recipientes de medição mais precisos do que outros dependendo do objetivo.

Enquanto alguns instrumentos volumétricos fornecem leituras precisas durante as análises e ensaios, outros são usados ​​como recipientes para armazenar, transportar ou transferir líquidos.

Por exemplo, fazer medições com copos graduados acarreta um certo risco, pois as medidas são aproximadas. Existe uma margem de erro associada, maior do que noutros materiais volumétricos, como os balões ou as pipetas. 

Os copos (à semelhança dos Erlenmeyers ou funis de decantação): 

  • Não são calibrados com precisão
  • A escala serve somente como uma aproximação.  

Por isso, se pretende obter uma medição rigorosa, é aconselhável utilizar instrumentos volumétricos adequados à aplicação.

Vamos ver os vários tipos de materiais existentes e como se classificam.

Tipos de Materiais Volumétricos mais utilizados na medição de volumes de líquidos

Pipetas 

As pipetas têm um elevado nível de precisão. Podem ser classificadas como pipetas volumétricas ou graduadas

Ideais para medir pequenas quantidades de líquidos, a exatidão da medição depende, em parte, do seu tamanho. As graduações podem medir líquidos com um intervalo de 0,02 ml. 
Estes instrumentos volumétricos são também muito utilizados como dispensadores de líquidos, ajudando a transferir líquidos de um recipiente para outro durante os procedimentos no laboratório. 
Por fim, as pipetas funcionam através de um mecanismo de vácuo que é criado acima do nível do líquido, e estão disponíveis em vidro ou plástico e com diferentes tamanhos.

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Pipeta serológica de PS, tipo 1, esterilizadas (disponível na loja online)

Provetas

Se existe material de laboratório utilizado com frequência na rotina laboratorial, é a proveta.
O comprimento e a largura das provetas contribuem para um maior rigor, sobretudo em comparação com os copos ou Erlenmeyer.
Tal como as pipetas, as provetas também estão disponíveis em vidro ou plástico. Podem ser aquecidas, mas a sua resistência à temperatura depende do seu tipo de material.

proveta-em-vidro-boro-3-3-forma-alta-e-classe-aProveta em vidro boro 3.3, forma alta e classe A (disponível na loja um online)

Balões volumétricos

Por último, mas não menos importantes, os balões volumétricos.
Apresentam uma menor percentagem de erro do que as provetas, logo fornecem leituras precisas, mas não tão exatas como as pipetas.
Por norma, são úteis em situações no laboratório que envolvem a preparação de soluções de concentração conhecida.




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Balão de fundo redondo, vidro borosilicato 3.3 (disponível na loja online)


Como escolher o Material Volumétrico adequado?

1. Classificação quanto à Classe

Classe A / AS - Alta precisão volumétrica 

Os instrumentos volumétricos de laboratório de classe A / AS têm o dobro da precisão da classe B, oferecendo, assim, um elevado grau de exatidão. 
Estas peças são as mais adequadas quando se pretende obter um grau de precisão superior.
Por norma, os materiais desta classe estão associadas ao vidro, mas também existem instrumentos em plástico (PFA e PMP). 

Classe B  - Material adequado para aplicações volumétricas gerais

Estes instrumentos volumétricos têm uma maior incerteza associada à medição, uma vez que possuem o dobro dos limites de erro. 
Funcionam perfeitamente quando não se pretende alcançar tanto rigor na medição. 
Os materiais volumétricos de classe B são mais económicos e estão disponíveis em vidro ou plástico. 

2. Classificação quanto ao Material

A escolha entre vidro e plástico vai sempre depender da aplicação que se quer dar aos instrumentos. 

Vejamos as diferenças e boas práticas na sua seleção. 

Vidro

Inicialmente, todos os materiais de laboratório eram feitos de vidro devido às vantagens que este material oferece, tais como: 

  • Visibilidade do conteúdo e gravação precisa de volumes;
  • Reutilização após limpeza adequada; 
  • Maior facilidade de esterilização comparando com artigos volumétricos em plástico. 

Mas os materiais de laboratório em vidro são mais caros e não apresentam só vantagens. 

A sua incorreta manipulação pode resultar em quebras e acidentes que levam à perda de amostras valiosas, à contaminação de pessoas ou materiais. 

Apesar da popularidade do vidro, com o avanço na tecnologia, o plástico ganhou terreno, muito porque são artigos inquebráveis e apresentam uma elevada compatibilidade com produtos químicos utilizados em contexto laboratorial. 

Plástico 

Em muitos casos, o plástico pode ser a melhor opção. 

Estes instrumentos volumétricos destacam-se pela leveza e facilidade de limpeza, mas não só. Têm outras vantagens, tais como: 

  • Elevada resistência o que induz menor risco de lesão ou acidentes durante o seu manuseio;
  • Tempo de vida mais longo; 
  • Alta resistência química. 

Os instrumentos volumétricos de plástico são, por exemplo, muito usados na indústria das águas. 

Existem, no entanto, vários tipos de plástico: 

  • PMP: plástico transparente, resistente e mais leve do que o vidro, o polimetilpenteno não é tóxico, não é uma substância contaminante e apresenta uma elevada resistência a produtos químicos e altas temperaturas. 
  • PP: o polipropileno também apresenta uma elevada resistência química e térmica; trata-se de um tipo de plástico sintético bastante económico e, por norma, da classe B (utilização recomendada em aplicações genéricas). 
  • PFA: material raro e pouco utilizado, normalmente, da classe A, é muito usado em análises elementares que exigem um rigor elevado; são fáceis de limpar e resistem a temperaturas elevadas. 

 

Agora que já conhece as diferentes classificações e utilidades dos vários materiais volumétricos, segue-se a pesquisa de mercado.
Da nossa parte, recomendamos que selecione um distribuidor com experiência, disponível para resolver dúvidas, que ofereça confiança e apresente um leque interessante de artigos volumétricos.

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A medição volumétrica de líquidos é indispensável ao trabalho laboratorial de rotina. 

Mas que instrumento volumétrico para manipulação de líquidos vai oferecer o nível necessário de precisão que procura? 

Para eleger o produto mais adequado, e em jeito de resumo, tenha em mente os seguintes critérios (sempre com base nos requisitos da aplicação): 

  1. Propriedades dos materiais volumétricos (vidro ou plástico) e a sua resistência. 
  2. Rigor pretendido na medição: classe A/ AS é duas vezes mais precisa do que os produtos da classe B). 
  3. E, claro, o orçamento que tem disponível (vidro de classe A / AS é mais caro e o plástico mais económico). 

 

Analisando estes critérios, a decisão será mais fácil. 

Independentemente da sua escolha, os artigos devem ser de qualidade - para garantir os resultados mais adequados.

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Ver Material Volumétrico 

 

2021-07-19

Damien Costa

Damien Costa

Diretor Comercial do Grupo Maldral

  • Responsável pelo departamento comercial da Maldral
  • Licenciado em Química, com especialização em Eletroquímica aplicada à Odontologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
  • Mestre em Química Avançada e Industrial com especialização em Fotoquímica
  • Pós-graduado em Informática de Gestão no Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona

Experiência

Com nativa inclinação para as Ciências do explicável e do inexplicável, iniciei o meu percurso de investigador em 2010 na Universidade Coimbra onde estudei e em parceria com a Universidade de Alcalá de Henares e participei em múltiplos estudos nas mais diferentes áreas da Química, sempre de mãos dadas com outros ramos da ciência tais como a Física, Microbiologia, Genética Molecular e das Nanotecnologias numa versão mais futurista do meu ser.

O privilégio de ter frequentado grandes instituições de ensino como a faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, o Instituto Superior Técnico e a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa catapultaram o meu percurso académico para diversas publicações científicas, convite para inúmeras palestras e ainda para escrita de alguns capítulos de livros.

A prática laboratorial é de facto um dos meus fortes, no entanto, todo o conhecimento científico deve ser transmitido e partilhado, por isso, exerci consultadoria técnica para inúmeras empresas farmacêuticas nacionais e internacionais, participando inclusive em candidaturas a iniciativas de Financiamento para a Investigação e Desenvolvimento (I&D).

Na verdade, havia ainda algumas áreas da Química que me despertavam muito interesse e que permaneciam inexploradas. Foi então que tive o enorme privilégio de ser convidado para trabalhar na Maldral, iniciando o meu percurso de especialista na área da cromatografia líquida e da espectrometria de massa. A Maldral é a combinação perfeita para pôr em prática todos os conhecimentos anteriormente adquiridos.

Quando cheguei à Maldral em 2016, comecei como técnico de HPLC e de LC-MS onde fazia assistências técnicas, manutenções preventivas e qualificações de equipamentos em toda linha da cromatografia líquida e detetores acoplados (espectrofotometria UV-Vis e Fluorescência, eletroquímicos, índice de refração e espectrometria de massa) para diversas marcas de renome internacional como a Waters®, a Hitachi® e a Agilent®. Especializei-me paralelamente em espectrometria de massa através do desenvolvimento de técnicas analíticas LC-MS/MS que deram início ao negócio de kits clínicos da Maldral.

Hoje sou responsável pelo departamento comercial da Maldral e desde 2018 que venho aperfeiçoando este meu lado mais social e criativo na empresa, que tanto gosto.


Formação

Tirei a licenciatura em Química na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra onde escolhi o ramo Científico em Química-Física com especialização em Eletroquímica aplicada à Odontologia.

De seguida, apostei num mestrado em Química Avançada e Industrial na mesma Faculdade e especializei-me em Fotoquímica.

Por fim, para explorar o meu lado mais ligado às Tecnologias da Informação decidi fazer uma Pós-Graduação em Informática de Gestão no Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona.

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