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Como escolher o elétrodo certo para o seu medidor de pH

Sempre que é necessário fazer uma medição de pH precisa, o medidor de pH é o instrumento mais utilizado. O elétrodo de pH é a peça fundamental deste equipamento porque é o que contacta diretamente com a solução a analisar permitindo obter o resultado.

O elétrodo permite converter o valor do seu potencial em unidades de pH através de um potenciômetro.

Neste artigo, vai ficar a saber o que deve ter em conta na sua seleção quando procura por um elétrodo de pH para o seu medidor. Encontrará também um guia comparativo dos diferentes elétrodos e os cuidados essenciais que deve ter para manter estes equipamentos em bom estado durante mais tempo. 

 

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O que deve ter em atenção na escolha de um Elétrodo de pH?

Para medir o pH de qualquer solução de forma rigorosa é crucial escolher o elétrodo mais apropriado para o seu medidor de pH. Uma opção incorreta pode representar uma dificuldade na obtenção de resultados e um menor tempo de vida do próprio elétrodo.  

Para selecionar um elétrodo de pH adequado e obter resultados corretos, há vários fatores a ter em conta, dos quais destacamos: 

  • Tipo de aplicação pretendida;  
  • Condições de pressão e temperatura na medição;
  • Tipo de conexão ao medidor de pH (entrada DIN ou BNC, por exemplo);
  • Grau de viscosidade da solução. 

Medir o pH de uma solução de elevada viscosidade e em condições extremas de temperatura e pressão, por exemplo,requer um elétrodo mais específico. Se, por oposição, a solução a avaliar for aquosa e a análise decorrer à temperatura ambiente e em condições normais de pressão,  elétrodo já será um tipo mais comum.

Guia comparativo de tipos de Elétrodos para o Medidor de pH

  • Elétrodos em vidro ou em epóxi?

Os elétrodos de material polimérico tendem a ser mais resistentes ao choque, sendo ideais para uma utilização em ambientes mais exigentes. No entanto, há que ter em consideração que a temperatura limite para os utilizar ronda os 80 oC. 

Para uma gama de temperaturas mais abrangente (que podem chegar aos 110 oC) são mais recomendáveis os elétrodos em vidro. Estes são mais fáceis de limpar e resistem ao contacto com produtos corrosivos.

Por outro lado, os elétrodos em vidro para medir pH podem sofrer quebras ou fissuras. À mínima fratura devem ser substituídos para poder haver garantia de resultados fiáveis.   

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  • Elétrodos não recarregáveis ou recarregáveis?

Os elétrodos não recarregáveis são mais versáteis e podem ser usados para quase todas as aplicações. Apesar de representarem uma escolha mais económica, este tipo de elétrodos tem uma vida útil inferior à de um elétrodo recarregável. 

Nos elétrodos recarregáveis, a solução de preenchimento pode ser reposta ou substituída sempre que necessário. Esta opção evita ter de substituir todo o elétrodo sempre que a solução interior sofra algum tipo de contaminação ou evaporação.  

Tanto a capacidade de medição como a precisão dos resultados obtidos são muito equivalentes nestes dois tipos de elétrodos. 

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  • Elétrodos de junção simples ou dupla?

A junção mais comum em elétrodos de medição de pH é feita em cerâmica e pode ser simples ou dupla. 

Os elétrodos de junção simples são mais económicos e apropriados para aplicações em soluções mais límpidas e aquosas. Como o nome indica, os elétrodos de junção dupla possuem uma camada extra que os torna mais resistentes para medições em soluções que contêm proteínas, metais pesados ou sulfuretos. 

Também em termos de durabilidade, por serem mais resistentes, os elétrodos de junção dupla têm um tempo de vida mais longo. 

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Guia de cuidados a ter com os Elétrodos do seu Medidor de pH

Disponível em variadíssimos modelos, os equipamentos para medir pH podem ser fixos (de bancada) ou portáteis. 

Cada medidor de pH possui um pequeno ecrã digital onde é apresentado o resultado da análise, e um elétrodo, que contacta diretamente com a solução da qual se pretende saber o pH.

Para garantir a durabilidade dos elétrodos e a fiabilidade dos resultados há algumas precauções básicas a ter:

  • Cuidados de limpeza 

Logo após a sua utilização, o elétrodo deve ser bem limpo com água pura, de forma a eliminar todos os resíduos da solução medida. 

Antes de voltar a ser usado, deverá ser feita uma nova lavagem, desta vez para eliminar eventuais sais da solução de armazenamento. 

  • Cuidados de armazenamento

Depois de ser usado e limpo, o elétrodo deve ser armazenado numa solução salina apropriada para manter a sua acuidade. 

Tanto para um armazenamento de médio como de longo prazo devem ser cumpridas as respetivas recomendações do fabricante.  

Procura rigor na medição de pH? Conte com a Maldral!

Para conseguir preservar os seus equipamentos de medição de pH e garantir que os resultados se mantêm fiáveis, deve dedicar algum tempo à seleção dos melhores componentes. 

Na Maldral, encontrará tudo o que precisa para as suas medições de pH bem como os materiais e consumíveis essenciais à sua limpeza, calibração e armazenamento. 

Soluções Maldral para a medição de pH

 

2022-02-07

Ana Paula Sequeira

Ana Paula Sequeira

Administradora da Maldral

  • Fundadora da Maldral Scientia
  • Bacharel em Engenharia Química pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
  • Licenciada com especialização em Química Industrial pela mesma instituição
  • Pós-graduada em Gestão de Marketing no Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona

Experiência

Iniciei a minha experiência a nível profissional na Portucel (Unidade Fabril de Mourão) em 1986 como sendo a responsável pela elaboração do Manual de Qualidade, apesar de não se tratar de uma das minhas áreas favoritas.

Depois em 1987 passei a fazer algo que gostava um pouco mais, sendo a responsável pelo Laboratório de Controlo de Qualidade da fábrica da Milupa Portuguesa Ltda. em Benavente.

Após 2 anos neste laboratório decidi mudar e explorar o meu lado mais social e criativo na relação com o cliente e trabalhei como Técnica Comercial de Equipamentos de Laboratório na Labometer Sociedade Técnica de Equipamento de Laboratório Ltda. em Lisboa.

Como gostei muito de exercer esta função, senti que a área comercial e da gestão seriam prediletas para minha carreira profissional. Com carácter nativo empreendedor fui contratada pela Hucoa Erloss Equipamentos Científicos Ltda. em Lisboa como Diretora Comercial e mais tarde também como formadora. Como a gerência da empresa decidiu retirar-se fui convidada para a dirigir esta empresa até 2009.

A partir daí nunca mais saí do ramo da venda de produtos de laboratórios e equipamentos, até que em 2015, fundei juntamente com o meu sócio, a Maldral Scientia, onde decidi aventurar-me pelo desenvolvimento de métodos analíticos por LC-MS/MS e apaixonei-me por esta área da investigação. Saber que poderia dar o meu contributo para conseguir ajudar os hospitais e os laboratórios na deteção precoce de inúmeras doenças metabólicas e cancerígenas foi um dos motivos que me impulsionou a apostar nesta área.


Formação

Tirei um bacharelato em Engenharia Química pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e depois mais tarde a Licenciatura pela mesma instituição onde especializei-me no ramo da Química Industrial.

Agora mais recentemente decidi fazer uma Pós-Graduação em Gestão de Marketing no Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona para conseguir ajudar a empresa a crescer mais.

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